Polícia prende golpistas do falso investimento que causou prejuízo de R$ 642 mil
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), deflagrou, nesta quarta-feira (01), com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco, operação policial para cumprimento de três mandados de prisão temporária, três mandados de busca e apreensão e seis mandados de afastamento de sigilo bancário. Duas pessoas foram presas na ação e uma permanece foragida.
A investigação insere-se no contexto de apuração dos crimes de estelionato eletrônico (art. 171, §2º-A do Código Penal), associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98). O procedimento teve início após o registro de ocorrência por parte de uma vítima, que comprovou ter realizado transferências bancárias no total de R$ 642 mil para falsas corretoras de investimentos.
Após extenso trabalho investigativo, a Polícia Civil logrou êxito na obtenção de elementos que indicam a ocorrência do crime popularmente conhecido como “Golpe do Falso Investimento”. Nesse esquema, as vítimas, convencidas por interlocutores que se apresentam como corretores, realizam downloads de aplicativos específicos e se cadastram em falsas plataformas digitais de investimento, efetuando, em seguida, diversas transações bancárias para “empresas de fachada” constituídas fraudulentamente, com nomes e objetivos sociais que transmitem a aparência de legalidade.
Com o aprofundamento das apurações, verificou-se a existência de uma associação criminosa voltada à prática de estelionatos, estruturada em, ao menos, dois núcleos/grupos com funções distintas:
a) núcleo de engenharia social, responsável por enganar as vítimas e praticar os estelionatos;
b) núcleo operacional e financeiro, composto por pessoas que constituíam e administravam as empresas utilizadas para receber os valores das vítimas.
As medidas cautelares foram cumpridas no estado de Pernambuco, contando com o apoio e cooperação da Polícia Civil daquele estado. As investigações continuam para identificar o envolvimento de outros integrantes, localizar novas vítimas e dimensionar a real extensão do dano causado.