Polícia prende casal por envolvimento em fraudes contra empresa de Aparecida
A Polícia Civil, por meio da 5ª DDP de Aparecida de Goiânia, cumpriu ontem (03) mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em desfavor de um casal, pela prática dos crimes de estelionato eletrônico e associação criminosa e de uma empresa do Polo Empresarial de Aparecida de Goiânia, por conta de fatos ocorridos durante o ano de 2023. Após representação de abertura de inquérito policial, a pedido dos advogados da empresa vítima, a autoridade policial passou a investigar os fatos praticados por uma ex-funcionária, que desempenhava atribuições de confiança no setor financeiro, em especial, a cobrança de débitos junto a clientes da pessoa jurídica.
A investigada atuava com o mesmo modus operandi, qual seja, ao cobrar clientes inadimplentes, a autora indicava que o pagamento dos títulos em aberto deveria ser realizado para contas bancárias não pertencentes à empresa, de beneficiários econômicos do seu círculo íntimo (esposo) e social (amigos) e que, posteriormente, eram disponibilizados a ela. Assim, os clientes devedores transferiam os valores até então não pagos, imaginando que arcavam com suas despesas, mas, ao final, apenas beneficiavam terceiros mal intencionados e a própria investigada. Além de tudo, para que a administração da empresa (vítima) não percebesse de forma imediata tal conduta ilícita, a autora procedia com o adiamento, de forma adulterada, das datas do vencimento dos títulos no sistema interno da empresa, dificultando a identificação imediata da fraude, valendo-se da função de confiança por ela desempenhada.
Estima-se que o prejuízo financeiro causado à empresa seja superior a R$ 200 mil. A investigação também descobriu a participação de outros envolvidos que se associaram, de forma clandestina e deliberada, se aproveitando da investigada e da função por ela desempenhada, para obter vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo e mantendo a pessoa jurídica vítima e seus clientes inadimplentes em erro.
Diante da gravidade dos fatos apurados, a Autoridade Policial representou pela prisão temporária da ex-funcionária e do seu companheiro, beneficiário econômico, bem como outras cautelares necessárias a instrução do inquérito policial, medidas que foram deferidas pelo Poder Judiciário. A investigada, em interrogatório, confessou o crime e deu detalhes sobre o destino dos recursos financeiros.