Hcamp de Goiânia encerra atividades de combate à Covid-19
Após um ano e oito meses desde abertura, em 26 de março de 2020, Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus conclui atendimentos durante pandemia
Na noite de 26 de março de 2020, o Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp) de Goiânia abria as portas à população. O local foi o primeiro a ser instalado pelo Governo de Goiás no processo de estruturação da rede de assistência aos casos de Covid-19 no Estado.
No mesmo dia da abertura, a unidade recebeu o seu primeiro paciente. Paulo Alves, de 72 anos, morador do município de Luziânia, ficou internado por seis dias e registrou a sua gratidão. “Esse hospital me ofereceu um atendimento de primeiro mundo pelo Sistema Único de Saúde, tudo gratuito, de qualidade e no nosso Estado”, relembrou. Na segunda-feira (13/12), os últimos nove pacientes internados nas enfermarias e leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do HCamp foram transferidos para hospitais de referência de Nerópolis, Senador Canedo, Trindade e para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia.
Em projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), o Governo do Estado solicitou autorização para a compra do Hospital do Servidor, que abrigou as instalações do Hcamp. A intenção é transformar a unidade em referência no atendimento a crianças e adolescentes.
“A unidade terá função específica de atender crianças que, hoje, não têm onde operar, para onde ir. Teremos um hospital digno, o Hospital da Criança e do Adolescente”, ressaltou o governador Ronaldo Caiado.
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), organização social responsável pela administração da unidade, equiparam e adaptaram o Hcamp de Goiânia para atendimento a pacientes em apenas 13 dias. Foram realizados investimentos em recursos humanos, materiais médicos e hospitalares, insumos, equipamentos de última geração como monitores e ventiladores pulmonares, além de infraestrutura de redes lógica e de gases medicinais.
O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, acompanhou de perto todo o processo de implantação. “Buscamos otimizar cada recurso, transformando-o em atendimento à população”, ressaltou o gestor.
Ao longo de um ano e oito meses, o primeiro hospital de campanha montado em Goiás se tornou uma das referências do governo estadual na assistência às pessoas com Covid-19. Nesse período, a unidade atendeu mais de 47 mil pacientes, sendo que 40.292 passaram pelo pronto-socorro. Ao todo, foram 7.706 doentes internados e 5.272 altas médicas hospitalares registradas. Em relação ao apoio diagnóstico, o HCamp de Goiânia realizou 14.645 tomografias; 12.314 radiografias (Raio-X); 2.937 ultrassons; 1.955 eletrocardiogramas; 16.853 testes RT-PCR para detecção do coronavírus e 889.532 exames de análises laboratoriais.
Depois da abertura do hospital, houve expansão de 42% no número de unidades de terapia intensiva (UTIs), de 70 para 100 leitos críticos, além das 80 enfermarias instaladas no local, totalizando 180 unidades de internação. O HCamp funcionou ininterruptamente, 24 horas por dia, e contou com uma equipe de mais de 1.200 trabalhadores da saúde.
Entre esses profissionais estão médicos das especialidades de infectologia, radiologia, cardiologia, cirurgia torácica, medicina intensiva, nefrologia, clínica geral e equipe multiprofissional completa com enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, odontólogos, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e terapeuta ocupacional.

