Brasil

Manifestantes dizem que acordo com Abcam não procede e pedem a saída de Michel Temer

As manifestações dos caminhoneiros em todo o país já duram oito dias. O governo vem tentando negociar com as associações que representam os profissionais com baixa no preço do diesel direto nas bombas e com o congelamento dos reajustes por 60 dias.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) acabou de confirmar um acordo com o governo após a reunião de sexta-feira (27) na Casa Civil. Eles aceitaram o subsídio de R$ 0,46 no litro do diesel oferecido pelo governo. A Abcam considera o acordo assinado como uma vitória, pois o acordo anterior previa uma redução de apenas 10% por apenas 30 dias.

Mas caminhoneiros que estão em manifestação em estradas goianas dizem que não houve acordo algum e que esta informação não procede. Eles pedem muito mais do que reajustes nas bombas. A ordem de desocupar as rodovias é somente quando o presidente Michel Temer (MDB) sair do comando do país.

O caminhoneiro Mizael Campos mora em Goiânia e foi barrado pelos manifestantes em Nerópolis a 36 Km da capital na saída de Petrolina (GO na terça-feira (22), quando passava pelo local. Ele disse que não pode sair, mas que apoia a ação. “Fiquei porque é uma causa de todos é a minha classe então tenho que apoiar e estamos tendo o apoio de todos.  Sei que já estamos perto da vitoria”

Renato Oliveira, caminhoneiro há 15 anos esta há 11 dias parado em Mossoró (RN) para apoiar a classe. ­Ele acredita que a população também vá às ruas porque a luta também é para redução no preço do álcool e da gasolina e não somente no diesel. Ele disse que o exercito está a favor dos caminhoneiros, que aconselharam os manifestantes a organizarem os caminhões e deixar passar quem quiser seguir.